Quando a insegurança sobe a bordo, perde-se a confiança, a ponderação e a estabilidade da navegação.À deriva, a frágil balsa do relacionamento oscila entre as duas rochas nas quais muitas parcerias esbarram: a submissão e o poder absolutos, a aceitação humilde e a conquista arrogante, destruindo a própria autonomia e sufocando a do parceiro. Chocar-se contra uma dessas rochas afundaria até mesmo uma boa embarcação com tripulação qualificada – o que dizer de uma balsa com um marinheiro inexperiente que, criado na era dos acessórios, nunca teve a oportunidade de aprender a arte dos reparos? Nenhum marinheiro atualizado perderia tempo consertando uma peça sem condições para navegação, preferindo trocá-la por outra sobressalente.
Mas na balsa do relacionamento não há peças sobressalentes.
Zygmunt Bauman citando Christopher Clulow in “Amor Líquido” – Pag. 31
3 comentários:
Saudade por blosmose. NOSSA, não foi boa MESMO.
Mas enfim, te queremos bem. Ainda que não estejas tão próximo aos olhos.
À deriva vale tudo, mas nem sempre tudo dá certo. E, na verdade, tô meio afogada nessas analogias com barcos, balsas, navios e o caralho navegante a quatro.
Porque o meu, meu amigo, está sempre afundando. Constantemente, se eu tapo um buraco, me aparece outro.
Pode ser isso, aperta o meu calo.
E eu sou meio insana em comentários, não me faça passar vergonha de novo.
Beijocas afetuosas e estaladas.
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